19 agosto 2011

História de sucesso doce

DESBRAVADOR CRIA MARCA DE DELÍCIAS
Em busca de dinamismo

O despertador toca às 6 horas da manhã. Elias S. Freire Jr. vira de um lado para outro na cama, passa um twitter avisando o especial do dia aos seus seguidores e volta a dormir mais uma horinha. Pouco depois das 8 horas, quando o empresário abre as portas da Delicake, já aparecem alguns clientes pedindo a iguaria. Trata-se de um bolinho parecido com o cupcake no visual, mas de sabor leve, devido a uma receita especialmente desenvolvida — sem manteiga, sem gema e com pouquíssimo açúcar. “Tive a ideia ao visitar uma loja na Califórnia: os cupcakes eram lindos, mas pesados e com gosto ruim. Mesmo assim, havia fila na porta”, conta o empreendedor. Aberta em novembro do ano passado, sua charmosa loja, no Brooklin, perto dos prédios de escritórios da Av. Luís Carlos Berrini, em São Paulo, teve cada detalhe planejado com esmero. O logotipo, a fachada, as bandejas coloridas e as embalagens, tudo foi desenhado por Freire. “Investi tudo o que tinha, em torno de R$ 300 mil, e seis meses de trabalho em equipamentos, reforma, treinamento de equipe e mobiliário”, conta ele, que hoje vende uma média de 200 delicakes, 120 cafés e sete garrafas de champanhe Chandon Baby por dia. Estudioso, ele não só pesquisa ingredientes para sua receita, como a baunilha Bourbon de Madagascar, como atualiza suas planilhas de faturamento diariamente. “Preciso tornar meu negócio dinâmico e autossustentável”, diz o paulista de Monte Aprazível, formado em relações internacionais pela Universidade de Brasília e fluente em seis idiomas. Sua trajetória em empresas o ajudou a desenvolver o espírito empreendedor. No escritório, um mapa-múndi exibe 90 alfinetes nas cidades onde ele abriu mercados a trabalho. “A área internacional do vidro impresso, na Saint-Gobain, foi uma grande escola: trabalhei com marketing, comércio exterior e desenvolvimento de produto e abri o mercado em 27 países.” Depois fez negócios em 30 países para a Dabi Atlante, empresa de aparelhos odontológicos de Ribeirão Preto (SP). Começou a dar palestras sobre comércio exterior e encantou o proprietário da Guabi, indústria com alta tecnologia na fabricação de ração animal, que queria exportar. Contratado, teve um benefício de ouro: cursou o MBA da GV com a Ohio University e teve aula com Regis McKenna, papa do marketing de relacionamento. “Com 30 e poucos anos, eu era o caçula da turma”, relembra, contando que, ao adaptar os produtos da Guabi para o exterior é que começou a se interessar por nutrição. De lá saiu para a Brasfrigo, que havia comprado a marca de enlatados Jurema — para eles, Freire ganhou a América Latina, o México, os EUA e até o Leste Europeu, e fez crescer a linha de produtos. Por fim, foi convidado pela União Brasileira de Vidros (UBV) a conquistar também o mercado interno, desenvolvendo estratégias para a área de vidros impressos. 

Todo esse cabedal de experiências o acompanha agora na Delicake, mas Freire sofre os mesmos percalços de empresários iniciantes. “Tenho dificuldade de controlar o fluxo de dinheiro e acho complicada a gestão de pessoas.” Como em muitos negócios recém-iniciados, ele centraliza ainda muitas atividades. “Acho que é imprescindível criar mecanismos para a gestão competente do negócio, para que possa ser replicado”, conclui o dono da Delicake, cujo negócio chamou a atenção da Microsoft pelas perspectivas. “Apesar de antenado com estratégias de marketing por meio de mídias sociais, ele precisa se estruturar para atender à demanda crescente e às filiais, que logo chegarão”, aponta Fernando Kimura, consultor da Microsoft para o Extreme Makeover 5. “Ficou evidente a paixão do proprietário, além do cuidado na construção da identidade visual da loja”, aponta Felipe de Paula Pinto, consultor do Itaú. “Mas há problemas, como os perfis pessoa física e pessoa jurídica, que se misturam na rotina financeira”, comenta ele, sobre uma parte da Delicake bem administrativa, aquela que, para quem consome seus deliciosos confeitos, nem chega a ser lembrada. Mas, para os pequenos empresários, é de importância suprema no dia a dia dos negócios. 



fonte original: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI145714-17171-1,00-ENERGIA+EXTRA+PARA+EXPANDIR+OS+NEGOCIOS.html

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19 agosto 2011

História de sucesso doce

DESBRAVADOR CRIA MARCA DE DELÍCIAS
Em busca de dinamismo

O despertador toca às 6 horas da manhã. Elias S. Freire Jr. vira de um lado para outro na cama, passa um twitter avisando o especial do dia aos seus seguidores e volta a dormir mais uma horinha. Pouco depois das 8 horas, quando o empresário abre as portas da Delicake, já aparecem alguns clientes pedindo a iguaria. Trata-se de um bolinho parecido com o cupcake no visual, mas de sabor leve, devido a uma receita especialmente desenvolvida — sem manteiga, sem gema e com pouquíssimo açúcar. “Tive a ideia ao visitar uma loja na Califórnia: os cupcakes eram lindos, mas pesados e com gosto ruim. Mesmo assim, havia fila na porta”, conta o empreendedor. Aberta em novembro do ano passado, sua charmosa loja, no Brooklin, perto dos prédios de escritórios da Av. Luís Carlos Berrini, em São Paulo, teve cada detalhe planejado com esmero. O logotipo, a fachada, as bandejas coloridas e as embalagens, tudo foi desenhado por Freire. “Investi tudo o que tinha, em torno de R$ 300 mil, e seis meses de trabalho em equipamentos, reforma, treinamento de equipe e mobiliário”, conta ele, que hoje vende uma média de 200 delicakes, 120 cafés e sete garrafas de champanhe Chandon Baby por dia. Estudioso, ele não só pesquisa ingredientes para sua receita, como a baunilha Bourbon de Madagascar, como atualiza suas planilhas de faturamento diariamente. “Preciso tornar meu negócio dinâmico e autossustentável”, diz o paulista de Monte Aprazível, formado em relações internacionais pela Universidade de Brasília e fluente em seis idiomas. Sua trajetória em empresas o ajudou a desenvolver o espírito empreendedor. No escritório, um mapa-múndi exibe 90 alfinetes nas cidades onde ele abriu mercados a trabalho. “A área internacional do vidro impresso, na Saint-Gobain, foi uma grande escola: trabalhei com marketing, comércio exterior e desenvolvimento de produto e abri o mercado em 27 países.” Depois fez negócios em 30 países para a Dabi Atlante, empresa de aparelhos odontológicos de Ribeirão Preto (SP). Começou a dar palestras sobre comércio exterior e encantou o proprietário da Guabi, indústria com alta tecnologia na fabricação de ração animal, que queria exportar. Contratado, teve um benefício de ouro: cursou o MBA da GV com a Ohio University e teve aula com Regis McKenna, papa do marketing de relacionamento. “Com 30 e poucos anos, eu era o caçula da turma”, relembra, contando que, ao adaptar os produtos da Guabi para o exterior é que começou a se interessar por nutrição. De lá saiu para a Brasfrigo, que havia comprado a marca de enlatados Jurema — para eles, Freire ganhou a América Latina, o México, os EUA e até o Leste Europeu, e fez crescer a linha de produtos. Por fim, foi convidado pela União Brasileira de Vidros (UBV) a conquistar também o mercado interno, desenvolvendo estratégias para a área de vidros impressos. 

Todo esse cabedal de experiências o acompanha agora na Delicake, mas Freire sofre os mesmos percalços de empresários iniciantes. “Tenho dificuldade de controlar o fluxo de dinheiro e acho complicada a gestão de pessoas.” Como em muitos negócios recém-iniciados, ele centraliza ainda muitas atividades. “Acho que é imprescindível criar mecanismos para a gestão competente do negócio, para que possa ser replicado”, conclui o dono da Delicake, cujo negócio chamou a atenção da Microsoft pelas perspectivas. “Apesar de antenado com estratégias de marketing por meio de mídias sociais, ele precisa se estruturar para atender à demanda crescente e às filiais, que logo chegarão”, aponta Fernando Kimura, consultor da Microsoft para o Extreme Makeover 5. “Ficou evidente a paixão do proprietário, além do cuidado na construção da identidade visual da loja”, aponta Felipe de Paula Pinto, consultor do Itaú. “Mas há problemas, como os perfis pessoa física e pessoa jurídica, que se misturam na rotina financeira”, comenta ele, sobre uma parte da Delicake bem administrativa, aquela que, para quem consome seus deliciosos confeitos, nem chega a ser lembrada. Mas, para os pequenos empresários, é de importância suprema no dia a dia dos negócios. 



fonte original: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI145714-17171-1,00-ENERGIA+EXTRA+PARA+EXPANDIR+OS+NEGOCIOS.html

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